quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Polêmica absurda

25/08/09 - 22h04 - Atualizado em 25/08/09 - 22h21

Caster Semenya é recebida com festa sul-africana
A atleta, acusada de não ser mulher, será investigada pela Federação Internacional de Atletismo. Autoridades da África do Sul repudiaram o fato.

Milhares de pessoas se reuniram, nesta terça-feira, na África do Sul, para receber a atleta Caster Semenya. Ela está no centro da maior polêmica do esporte mundial nesse momento.

No Aeroporto de Joanesburgo, havia uma multidão. Ao mesmo tempo, um protesto e uma grande festa. Tudo para dar as boas-vindas a Caster Semenya, a sul-africana de 18 anos, ouro nos 800m, na semana passada, no mundial de Berlim.

Mas uma denúncia acusou a atleta de não ser mulher. A Federação Internacional de Atletismo anunciou uma investigação, fato que foi tratado como um ato racista no país.

Segundo a rede britânica BBC, exames preliminares indicam que Semenya tem três vezes mais testosterona, o hormônio masculino, do que o normal em uma mulher. Os resultados oficiais vão sair daqui a algumas semanas.

Segundo os dirigentes sul-africanos, Semenya nasceu naturalmente com mais testosterona, mas é sim, do sexo feminino.

Quando ela chegou, mal conseguiu andar. Não há dúvidas: Semenya é uma nova heroína da África do Sul. Depois, seguiu para um palco, onde exibiu um sorriso de campeã de mundo. O último compromisso foi um encontro com o presidente Jacob Zuma.

"Semenya me lembra o quanto é importante no mundo o respeito à dignidade e a privacidade de todos", disse ele. A atleta se limitou a dizer: “Meu técnico sempre dizia que eu seria capaz de vencer”.

O parlamento da África Sul enviou, nesta terça-feira, um ofício às Nações Unidas para que a Federação Internacional de Atletismo seja interpelada por violação dos direitos humanos. Para o Parlamento, Semenya foi humilhada publicamente como negra e como mulher.

Fonte:
Jornal Nacional

Minha opinião:
É quase inacreditável ver como nós, seres "humanos e racionais", podemos agir diante de uma situação como essa. Ainda lembro que antes de existir a ultrasonografia ou qualquer outro tipo de exame, precisávamos apenas olhar para as partes íntimas de um bebê para sabermos qual o sexo dele ou dela. É um absurdo que isso aconteça!

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